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Como você escolhe o anestésico para o seu paciente?

A escolha do tipo e dosagem do anestésico odontológico, específico para cada paciente, é tão importante quanto o conhecimento sobre a anatomia e fisiologia das estruturas maxilofaciais, que auxilia na escolha da técnica mais apropriada de anestesia. Além disso, a padronização de um tipo de produto nas clínicas ou a falta do preparo do cirurgião-dentista pode acarretar diversos riscos aos pacientes, inclusive morte.

A anestesia local é considerado o método mais seguro e eficaz no controle da dor em tecidos duros e moles, e amplamente utilizado na Odontologia. O produto promove a dessensibilização de áreas restritas do corpo, sem perda de consciência do paciente.

De acordo com Bernadette Veering, no artigo Complications and local anaesthetic toxicity in regional anaesthesia, os anestésicos locais mais utilizados na prática clínica são articaína, lidocaína, prilocaína, mepivacaína e bupivacaína.

Para ser considerado um bom agente anestésico, a substância precisa ter baixa toxidade, não irritar os tecidos e não lesionar as estruturas nervosas. Deve ter ação de início imediato, duração suficiente para a realização do procedimento cirúrgico e ação reversível.

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Por essas características, o uso do anestésico local em Odontologia tende a ser, cada vez mais, restrito à áreas específicas do procedimento. Isso exige do profissional amplo conhecimento da anatomia facial, das propriedades, restrições e interações sistêmicas de cada tipo de anestésico com o paciente.

A padronização do fármaco nas clínicas e o uso demasiado, devido a essa falta de preparo ou desvalorização dos riscos, pode causar diversos níveis de toxidade, isso porque os anestésicos produzem diferentes graus de vasodilatação. Se acentuado, a vasodilatação aumenta a velocidade de absorção do produto, aumentando a nocividade, e diminuiu o tempo de efeito da ação.

O curso de Cirurgia em Dentes Retidos capacita profissionais a diagnosticar, indicar e executar procedimentos de média complexidade em cirurgia bucal, em ambiente ambulatorial. Um dos temas abordados no curso é a farmacologia, incluíndo o uso de anestésicos locais. O objetivo é preparar o profissional para a escolha do anestésico apropriado a partir das inúmeras variáveis sistêmicas do indivíduo.

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