Pesquisadores de cinco universidades brasileiras – Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Campina Grande, Universidade Cruzeiro do Sul e Universidade Estadual da Paraíba – realizaram uma pesquisa com 346 adolescentes e concluíram que a maioria dos jovens que necessita de tratamento ortodôntico percebe a má-oclusão. Os resultados da pesquisa foram publicados na Dental Press Journal of Orthodontics (DPJO), volume 22, número 3.
A pesquisa incluiu jovens de 11 a 14 anos, matriculados em escolas públicas e privadas de Campina Grande (PB), que nunca haviam utilizado aparelhos. Para avaliar a percepção da necessidade de tratamento ortodôntico entre os estudantes foi utilizado um questionário previamente validado, enquanto que a necessidade normativa de tratamento ortodôntico (NNTO) foi avaliada pelo índice de Estética Dental (DAI), índice quantitativo recomendado pela Organização Mundial da Saúde e mais utilizado na literatura.
A prevalência de má oclusão e NNTO foi de 65,6%. Na amostra, 73,7% relataram que precisavam de tratamento, 66,2% queriam o tratamento e 62,7% estavam satisfeitos com a estética dentária.
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Diante da elevada prevalência de má oclusão, que se refletiu na alta NNTO, observou-se uma associação estatisticamente significativa entre a necessidade normativa e a percepção da necessidade de tratamento ortodôntico entre os alunos.
De acordo com o estudo, a opinião dos pacientes sobre suas expectativas de tratamento devem ser valorizadas. As alterações estéticas na face são facilmente percebidas pelos indivíduos e podem afetar a qualidade de vida. O estudo mostrou que a atratividade física é considerada um fator importante nas relações pessoais dos jovens.