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A odontologia invadindo o noticiário político nacional

Desde polêmicas avassaladoras até meros procedimentos simples. A odontologia, de um tempo para cá, vem protagonizando uma série de notícias em jornais de todo o Brasil. Vetos do governo, extração de dentes e ressarcimento de verbas por parte da Câmara dos Deputados em Brasília. Termos como “Odontologia” ou “Dentistas”, pouco a pouco, vão invadindo o noticiário nacional.

Uma das primeiras notícias que repercutiu em âmbito nacional foi o veto do presidente ao PLC (Projeto de Lei Complementar) 34/2013, que instituía a presença de cirurgiões-dentistas em hospitais em âmbito nacional. Junto ao veto, diversos jornais compartilharam estudos e pesquisas que avalizavam a presença do dentista em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), ressaltando a importância desse tipo de profissional em ambientes hospitalares.

Deputada estadual satirizou o presidente por extração de dentes

A segunda, oriunda de um simples procedimento, tomou os noticiários em uma proporção ainda maior: a extração de um dente do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e a recomendação do dentista para que ele evitasse falar, obviamente, por motivos de saúde. Além de constar em grandes portais de notícias como UOL, O Globo e Folha de São Paulo, o caso e a recomendação foram amplamente disseminadas nas redes sociais. Em resumo, o caso virou “Meme”. Políticos de oposição e pessoas que não são adeptas ao pensamento do presidente, agradeceram ao dentista pela recomendação.

“Parabéns ao dentista pela contribuição ao Brasil”, escreveu a deputada federal Sâmia Bonfim. A recomendação é que o “repouso da fala” fosse por três dias (um fim de semana) e que depois o presidente poderia voltar a falar normalmente.

A mais recente notícia “política-odontológica” se refere ao Deputado Federal Marco Feliciano. Ele fez um tratamento de bruxismo que custou R$ 157 mil. Até aí, tudo bem, o cirurgião-dentista tem liberdade para exercer e cobrar o valor que lhe for conveniente. A grande polêmica se deu por a Câmara dos Deputados ter ressarcido o valor integral ao parlamentar. Ressalta-se, aqui, que os deputados têm acesso a plano de saúde médico e odontológico. Ainda, assim, optou-se pelo ressarcimento do tratamento.

“Não desejo a ninguém. Sou político e pregador. Minha boca é a minha ferramenta”, afirmou o político.

A reportagem de O Globo destacou ainda que “o pedido de reembolso do parlamentar foi apresentado em abril à área  de perícia da Câmara, mas foi rejeitado pela equipe técnica. Na avaliação do setor, havia uma incompatibilidade entre os valores apresentados e os preestabelecidos pela Casa, além de problemas na descrição de parte dos procedimentos. Com um laudo de seu dentista, Feliciano recorreu da decisão. A Mesa Diretora, formada por sete parlamentares, acabou aprovando o gasto”.

Além de ter sofrido ávidas críticas de jornais como O Globo, O Estado de São Paulo, UOL, e do âncora Reinaldo Azevedo, da Band News FM, Marco Feliciano foi motivo de piadas de humoristas consagrados, como é o caso de José Simão. No twitter, Simão disse: “‘Dentes de Feliciano custam R$ 157 mil à Câmara’. É para rir mais bonito na nossa cara! Com meu dinheiro”.

 

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